13 agosto 2006

Motherless

De novo de malas aviadas para os avós. Até 30 de Agosto vamos por etapas.
Primeiro estranha-se o silêncio.
Depois começa a saber bem não ter de mandar tomar banho, não apanhar "peças" pela casa fora, esparramar-se no sofá sem grandes preocupações de comida ou de roupas ou de orelhas lavadas ou arrotos inapropriados à mesa.
Depois começa a ser estranho não ter nada do que atrás se disse.
Depois começa-se a ouvir vozes iguais nas lojas e a olhar para o banco de trás do carro e a passar nos quartos sempre escuros e estranhamente arrumados.
Depois começa a custar o silêncio e a contar-se os dias para o dia 30.
Aí esfregamo-nos neles e cheiramo-los de novo como se fosse a primeira vez e ouvimos as histórias e aventuras de férias.
Os nossos bichinhos.

4 comentários:

Anónimo disse...

São fantásticos os sentimentos que nascem em nós juntamente com os nossos filhos. Tudo o que pensávamos ser verdade sobre o amor cai por terra. Afinal o amor verdadeiro é algo de muito mais forte. Afinal é mesmo possível dar a vida por alguém. Aturar todos (ou quase todos) os disparates. Quando eu via os filhos dos outros portarem-se mal pensava para mim " se fosses meu filho... levavas-me uma "latada"...". Qual quê?!? Não é assim que funciona. Agora os meus fazem igual ou pior e eu não só não dou "latadas" como ás vezes ainda acho piada - sem o transmitir, claro.
E depois é assim, quando pensamos que vai saber bem descansar deles, passamos o tempo miseráveis com saudades dos seus disparates.
Gosto do Blog (que já tenho há um tempo nos meus favoritos) apesar da imagem do cérebro masculino...

Anónimo disse...

hehehehe...
hehehe...
hehe...
you're all mine, babe!
Antonymous

Maria disse...

Quando eu e a minha irmã íamos passar férias longe da minha mãe ela chegava a telefonar 3 vezes por dia! E quando regressávamos ela abraçava-nos com tanta força que parecia que queria que a gente entrasse de novo dentro dela para nos carregar outros 9 meses :)

Adoro a minha mãe <3

Uxka disse...

Hélder... é isso mesmo, depois de os termos ganhamos novos olhos. Quanto ao cérebro, é tão bom quanto uma certa carta a uma certa seguradora ;)

Maria, é bom ter filhos(as) assim!

Antonymous,
I'm always yours!
Lambeijo