29 setembro 2005

Autárquicas 2005





















(via email da Joana, obrigada!)

24 setembro 2005

Da Weasel

Foi ontem, dia 23, pelas 22h00 num Largo do Município a rebentar pelas costuras. Milhares de almas expectantes para ver o que resultaria do "casamento" da Orquestra Clássica da Madeira, conduzida pelo maestro Rui Massena, com os Da Weasel.
Sozinha em palco, a Orquestra começou por aquecer os instrumentos com "Chicago" e os ninos e ninas ansiosos aguentaram o embate, aplaudiram, e então sim, a "doninha" entrou em cena.
Foram canções atrás de canções embaladas agora num som "clássico" aparentemente improvável e impensável. E no final de cada canção o público explodia literalmente em aplausos. A mistura de todos aqueles músicos era mais do que se poderia esperar.
"Massena, Clássica, ready?... set?... GO!!!!" Juro que senti o chão tremer debaixo dos pés.
E o concerto continuou num misto de profissionalismo, entusiasmo e euforia: a certa altura o flautista estava lá atrás de pé, desenfreado, a agitar a flauta no ar, a Orquestra em peso levantou-se e abanou-se ao som de "Tás na Boa", o homem da tuba (?) deve ter ficado com os braços KO, não parava de abanar a dita, o pessoal dos metais já tinha uns chapelinhos estranhos na cabeça e à frente alguém tinha enfiado um cap do Benfica. Quando os Da Weasel e Massena saíram do palco, a orquestra foi fazendo holas e ia incitando o publico a sessões de palmas. Era óbvio que estavam a gozar que nem uns perdidos com tudo aquilo.
Foram dois encores mas podiam ter sido mais porque ninguém tinha vontade de sair dali.
Não sou propriamente fan da banda, não tenho qualquer disco deles, gosto apenas de os ouvir.
E gosto de misturas, da aparente impossibilidade dos extremos se tocarem e da surpresa quando tal acontece. E foi exactamente o que aconteceu a noite passada.
Tá-se bem!

18 setembro 2005

Takk


Hoje tenho 7 anos. Comprei uma barra de chocolate do tamanho de um dedo, é recheada com creme de morango e como-a toda de uma vez. Está calor, não muito. Uma brisa leve passa os dedos pela erva comprida que forra o morro. Deito-me e rolo pela erva uma e outra vez até me cansar. Tenho muita sede. A água da bica é fria e sai de uma gruta encerrada que povoa os meus sonhos de aventureira. Ando pelo muro da bica sem medo de cair, salto num pé depois noutro e depois faço meia pirueta para ver se a mãe está à vista. Não está. Faço outra meia pirueta e salto do muro. O laranjal. A avó Isaura está no laranjal e acena-me. Desço o caminho de terra, desvio-me das silvas, passo o limoeiro e as laranjeiras até à tangerineira. É enorme, de um verde-escuro reservado às florestas sombrias mas carregada de bolinhas cor de laranja brilhante. Sentamo-nos na erva fofa, descascamos tangerinas e o sumo escorre-nos pelos dedos e depois pelos punhos até aos cotovelos. Lavo-me na mina de água e retomo o caminho para a mata. Vou apanhar borboletas onde o pinhal e o eucaliptal se juntam, num caminho ladeado por murta cheirosa e pés de rosmaninhos. Há borboletas castanhas, amarelas, uma ou outra laranja, e umas pequenitas azuis claras. Escapam aos meus avanços, armada com o pedaço do véu do vestido de casamento da mãe. Mesmo assim não fogem, continuam por ali e parecem gostar tanto da brincadeira como eu.
Regresso a casa pelo caminho de cima, até à pinheira mansa. É gigantesca e monta guarda à aldeia no cimo do monte. Começa a arrefecer mas ainda tenho tempo para salvar algumas abelhas que caem no poço da fazenda: basta uma folha debaixo das patas e elas sobem imediatamente. Depois deixam-se ao sol para secar as asas e só então partem de volta à colmeia.
À noite, da janela do quarto observo a colónia de pirilampos tremeluzentes e a lua redonda, de um brilho tão intenso que parece pratear toda a terra. Deito-me e adormeço com o iap-iap da raposa a caçar.
Tenho 7 anos.

Takk, Sigur Rós...


(Banda sonora: Sigur Rós, "Sæglópur")

16 setembro 2005

Slow down, you move too fast

Na senda do post anterior, este senhor põe os pontos nos iis e os traços nos tês
Chama-se Doug Thompson, homem do mundo, belíssimo fotógrafo, pai do Capitoll Hill Blue, magnífico "ranter" das coisas que não lhe agradam no seu país e da estupidez e presunção humanas no geral.
Enjoy.

http://www.blueridgemuse.com/Muse/archives/2005/09/slow_down_you_m.html

15 setembro 2005

Envelhecer


(daqui)
Era para mim assunto adormecido mas voltou à baila ao ler as diversas "rugas" que apareceram na Gotinha. Prestes a bater à porta dos 40, presumo que está na hora de me preocupar com esta coisa do envelhecer.
Por enquanto não me assustam os sinais exteriores da passagem dos anos por mim, os cabelos brancos, as rugas à volta dos olhos e aos cantos da boca, boas, e as traçadas entre os olhos, menos boas. O que me assusta mesmo é não ter eventualmente capacidade de as aceitar, de esquecer que são os mapas dos meus caminhos percorridos.
É que à medida que os anos passam e o fim se aproxima, a atitude muda. Lembro-me muito bem da minha avó e dos pequenos (grandes) sinais que traduziam o pânico dela perante o envelhecimento e, consequentemente, a morte.
Dizem as crónicas que lá pelos cinquentas, mais coisa menos coisa, os homens começam a usar camisas havaianas, a comprar grandes "máquinas" e a olhar as rapariguinhas de 18 anos com ar de quem ganhou a lotaria.
E se eu entro em negação e começo a comprar saias de ganga tipo cinto largo, pinto o cabelo de roxo e começo a "fazer-me" aos amigos dos meus filhos?
Do alto da minha presunção de trintona ainda na posse das suas faculdades (discutível, mas enfim...), eu afirmo por minha honra que envelhecer não me assusta.
Pelo sim, pelo não, daqui a uns anos voltamos a falar do assunto.

11 setembro 2005

Mas por que carga d' água?!


Porque é verde, porque tem belas nervuras que apetece percorrer com os dedos, porque parecia querer correr atrás da chuva, porque brilhava num dia cinzento, porque é uma bananeira de jardim, porque é uma geisha de jardim, porque sim.

06 setembro 2005

Mourinho rules!


Love him or hate him, o homem é indeed the special one...

Mauve

Ele levou-a a dar uma volta pela casa nova.
"Aqui é a cozinha... aqui o quarto das crianças... a casa de banho..."
... até chegar ao quarto onde, se ela quisesse...
Ela mirou as paredes de cima abaixo e, entre o desgostoso e o divertido, perguntou-lhe:
"Mas e tu consegues "levantá-lo" com esta cor?"
Cara, uma sugestão: ou lhe metes as mãos entre as pernas e descobres por ti mesma,
ou dás meia-volta e vais para a puta que te pariu.

Porto Santo


É por esta areia fina que suspiramos o ano inteiro. Pela água deliciosa e transparente. Pelos 9 kms de praia mais ou menos livres dos invasores de Agosto. Foram, até à data, os 3 melhores dias do ano.

01 setembro 2005

É fim de semana...


(daqui)
...vai a banhos ao Porto Santo.
Inté