05 dezembro 2006

As palavras dos outros

...
"Minhas sensações são um barco de quilha prò ar,
Minha imaginação uma âncora meio submersa,
Minha ânsia um remo partido,

E a tessitura dos meus nervos uma rede a secar na praia!"
...
"Ode marítima", Álvaro de Campos

Obrigada, compadre.
Pelas palavras certas no momento certo.
Nunca olhei a sério para este homem(ns), talvez tenha chegado a hora. Mais vale tarde...

4 comentários:

Anónimo disse...

Por acaso também nunca olhei muito para ele. Eu não tenho muita paciência para ficção, poesia, etc. Mas gosto disto. E adoro o Eugénio de Andrade e alguma da poesia surrealista do Almada Negreiros.

Anónimo disse...

O Álvaro (isto é tu cá tu lá, somos muito chegados :P) é o meu preferido. Os outros: blhéc.

beijitos para a Uxkita

Anónimo disse...

Lindo!
Confesso que já conhecia, gosto de Álvaro de Campos mas o meu preferido é Alberto Caeiro adoro este poema:

Quem me dera que eu fosse o pó da estrada

Quem me dera que eu fosse o pó da estrada
E que os pés dos pobres me estivessem pisando...

Quem me dera que eu fosse os rios que correm
E que as lavadeiras estivessem à minha beira...

Quem me dera que eu fosse os choupos à margem do rio
E tivesse só o céu por cima e a água por baixo...

Quem me dera que eu fosse o burro do moleiro
E que ele me batesse e me estimasse...

Antes isso que ser o que atravessa a vida
Olhando para trás de si e tendo pena...

Alberto Caeiro

Uxka disse...

Tyler, confesso a ignorância quanto ao Almada, agora Eugénio gosto muito, fui bem "iniciada" por alguém que adorava o homem.

Maria, o meu problema acho que foi a escola. Não atinava mesmo nada com o(s) homem(ns), nem um cadinho. E nunca tentei depois disso. Olha, cumprimentos ao Álvaro e diz-lhe que um destes dias apareço, ok?

Trequita...
"Antes isso que ser o que atravessa a vida
Olhando para trás de si e tendo pena..."
Grande Alberto! (na linha do tu-cá-tu-lá) Também é bom, ok, ok...mas isto é muito homem para a minha camioneta!

Beijos aos molhos!