29 julho 2005

25 anos

Da primeira vez que entrei nesta casa só me lembro das gomas suecas que me ofereceram (argh!) enquanto esperava com o coração nas mãos para fazer o teste. Sei que entrei em salas e passei por muita gente, mas ia tão nervosa que acho que nem bom dia disse! E fiquei, já lá vão 16 anos...
Este ano celebramos o nosso 25º aniversário.
Ao longo de todo este tempo muita gente por aqui passou, tivemos a nossa quota-parte de alegrias, de festas indecorosas, de orgulho por cada prémio arrecadado e por cada cliente que passava só para dizer "obrigado". Mas passámos também por crises, por sustos, por uma dor muito grande que nos apanhou de surpresa e nos mostrou the hard way que a vida são dois dias.
E apesar das inevitáveis discussões, das bocas, amuos e ocasional vontade de nos esganarmos uns aos outros sabemos que podemos, acima de tudo, contar uns com os outros.
Tudo isto constitui o cimento que nos une.
Venham mais 25!

26 julho 2005

Queres?


V. Mortensen

Mordo a maçã, suculenta, o sumo escorre-me da boca, pergunto-te
Queres? respondes
Sim!
...vou levar semanas a curar estas marcas.

22 julho 2005

Forbidden Colours

The wounds on your hands never seem to heal
I thought all I needed was to believe

Here am I, a lifetime away from you
The blood of Christ, or the beat of my heart
My love wears forbidden colours
My life believes

Senseless years thunder by
Millions are willing to give their lives for you
Does nothing live on?

Learning to cope with feelings aroused in me
My hands in the soil, buried in side of myself
My love wears forbidden colours
My life believes in you once again

I'll go walking in circles
While doubting the very ground beneath me
Trying to show unquestioning faith in everything
Here am I, a lifetime away from you
The blood of Christ, or a change of heart

My love wears forbidden colours
My life believes
My love wears forbidden colours
My life believes in you once again

David Sylvian
"Merry Christmas, Mr. Lawrence" OST

Bom filme e uma canção fantástica que não perde o brilho ao longo dos anos. Faz parte do meu "colar de pérolas". Grande Sakamoto, Grande Sylvian.

20 julho 2005

Fooling around


(daqui)

Lovely little licks linger softly on my skin
until I scream
and sigh
and finally fall asleep.

São 21.00 e brincamos.

19 julho 2005

Morangos com açucar




















Abaixo as dietas!

São... olha, nem sei que horas são!

17 julho 2005

Asshole

Confesso a ambivalência deste post: não sei se foi pelo trabalho magnífico se por ele ser o verdadeiro dito cujo.

São 23.56 and I don't like mondays.

16 julho 2005

Da necessidade de ter um Quarto dos Esqueletos

As casa por onde fui passando ao longo da vida tinham todas um denominador comum: um "quarto de visitas" ou uma "Sala de Jantar boa". Isto significava que, à excepção daquele parente que aparecia de 5 em 5 anos ou de um jantar de Natal, eram divisões da casa onde se entrava apenas para limpar o pó e renovar o ar, pesado e mofento por não ser respirado.
Presentemente não nos podemos dar ao luxo de ter divisões em "stand-by". Todas são utilizadas ao máximo e mais espaço houvesse mais era utilizado. A tralha que arrastamos e acumulamos pela vida fora invade todos os armários, gavetas, esconde-se atrás das portas, atrás de cortinas, com um bocado de jeito e corda, até se pendura no tecto.
Chegamos a casa, ao nosso pequeno oásis, vamos ao armário buscar as bolachinhas e cai-nos em cima uma chuva de confetis que sobraram do último aniversário do puto; nas prateleiras temos "bibelots" que gostaríamos de partir mas o coração não deixa; as enormes capas de cartolina cheias de mimosos trabalhos do tempo da creche acotovelam-se com a roupa de inverno naquele armário onde também estão as caixas de fotos por organizar, um aspirador que ainda está (quase) bom, os livros do curso, a tábua de passar a ferro, 2 tendas, caixas de ferramentas e um escadote.
Queridos arquitectos, está na hora de implementar o Quarto dos Esqueletos.
Seria aquele quarto estratégicamente colocado a meio da casa, teria os seus 12/16 m2, um belo armário de parede a parede, uma engenhoca com roldanas para içar as bicicletas, e lá caberia tudo aquilo que nos atrapalha os passos e é supérfulo no nosso dia a dia, mas que precisamos de ter à mão em certas e determinadas horas.
E isto não é um luxo, é uma questão de sanidade mental... pelo menos da minha!

São 18.40 e vou fazer torradas.

14 julho 2005

Big Brother is watching you, just wave back!

Para quem ainda não tem, aqui está!
Se fizer um "mooning" será que fico na fotografia!?

São 01.52... olá mãe, olá pai, estou aqui!

13 julho 2005

It's quiz time !

So goth you're dead!
You are every goth-kids dream!

Which Ultimate Beautiful Woman are You?
brought to you by Quizilla
Thanks to Gotinha

11 julho 2005

Ah, os intelectuais !

Esta apareceu há bastante tempo, via email, e é uma rematada delícia... pelo menos para mim!

"Contam que certa vez, ao chegar a casa, o Dr. Rui Barbosa ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal. Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar os seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com os seus amados patos, gritou-lhe assim:
- Oh, bucéfalo anácroto ! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo acto vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência do que o vulgo denomina por nada.
E o ladrão, confuso, diz:
- Doutor, eu levo ou deixo os patos ?"


São 22.00 deste dia 11 a virar 12

10 julho 2005

Chico


Tu ris, tu mens trop
Tu pleures, tu meurs trop
Tu as le tropique
Dans le sang et sur la peau
Geme de loucura e de torpor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda

Mata-me de rir
Fala-me de amor
Songes et mensonges
Sei de longe e sei de cor
Geme de prazer e de pavor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda

Vem molhar meu colo
Vou te consolar
Vem, mulato mole
Dançar dans mes bras
Vem, moleque me dizer
Onde é que está
Ton soleil, ta braise

Quem me enfeitiçou
O mar, marée, bateau
Tu as le parfum
De la cachaça e de suor
Geme de preguiça e de calor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda


Chama-se "Joana francesa" e foi escrita para o filme com o mesmo nome, de Cacá Diegues (o que a net nos ensina).
Esta é para mim uma canção recorrente, obssessiva-compulsiva, e por aí fora. Tenho aquelas alturas em que vou bulindo e dou por mim a cantarolar baixinho "dan, dandan dandan... dan, dandan dandan..." até ver a compincha do lado a olhar "mas o que é isso?" e eu não sei dizer, nem sabia a nome, não está nos discos do Chico que temos em casa, mas é tão boa, escuta: dan dandan dandan...
É tão aparentemente simples, é hipnótica, e o modo como as duas línguas se enleiam tão despudoradamente a ponto de uma se ler na outra...
Não há palavras e se as há, já estão a mais.

São 11.48 e está tudo bem

08 julho 2005

Nasceu, faz hoje 8 anos


Parecia que adivinhava. Depois de ter tentado convencer a médica de serviço que a carta do médico era a sério, veio o "vai aguentar como todas as outras". Foi o dejá vu e durante essas horas valeu-me uma "Nova Gente" torcida e retorcida entre as mãos até se partir ao meio. Quando a médica por fim se convenceu, com a ajuda das abençoadas enfermeiras, lá se repetiu a corrida para a sala da cesariana. O cartão diz que ele nasceu às 17h10. Vi-o mais tarde, era vermelhusco, enrugadito, 3.450 Kg de gente. Hoje é um tornado que nos espicaça constantemente, uma fonte de vida ruidosa e exuberante.
Há pouco tempo encontrei um texto nosso sobre ele, do tempo da Pré. Leu-o pela primeira vez e riu a bom rir, reconheceu-se.

"Eu sou...
uma baboseira constante;
um risco para o recheio da casa;
uma expressão surpreendente;
uma aversão à fruta;
um abraço quando menos se espera;
uma queda para o caos;
uma memória de elefante;
uma chucha no polegar;
uma espírito atento e arguto;
imperativo a pedir um leitinho... ou dois...ou três...
mimoso a chamar para a caminha;
uma "melga" atrás do mano: "brinca comigo!", "eu é que vou ganhar!", "cheguei primeiro!";
um ar de "fiz asneira mas vou safar-me porque ninguém me resiste".
É o Tomás.

São 23.40 e tudo está bem.

Pain


Almendralejo, Espanha, talvez em Abril 1988... mas podia ser Setembro 2001, ou Março 2004, ou Julho 2007, ou todos os outros meses que os precederam, ou todos os que ainda estão para vir.

São 1.27
Posted by Picasa

07 julho 2005

Estou quase a dar à luz

Vou dar entrada no hospital hoje.
Estou grande, grande. Sentada, a minha barriga desenha uma "prateleira" que suporta um copo de pé alto sem problema.
Desta vez levo uma carta do meu médico que me vai garantir uma cesariana sem passar pelos maus bocados de há 10 anos atrás. Mesmo assim, tenho receio que se repita tudo.
De qualquer modo, tal como se diz por cá, "que tenha uma hora pequenina!"

São 1.50 e relembro

05 julho 2005

Miminhos

"Que as pulgas de mil camelos infestem o meio das pernas da pessoa que arruinar o seu dia, e que os braços dessa pessoa sejam tão curtos que ela não se possa coçar."

O título era "oração árabe da amizade" e chegou-me há algum tempo via email.
É realmente um miminho. Caramba, não só lixa completamente o pobre visado como o faz com estilo.
Tão bom como este só me lembro do inefável

"Que te nasça um par de cornos tão grande, tão grande, que dois canários a cantar em cada ponta não se ouçam um ao outro."

São 21.30 ...piu, piu...piu!

04 julho 2005

Outra vez, João!?

E não é que ele boquejou de novo?
Ainda estava uma pessoa a recuperar dos "bastardo", "filhos da puta" ou lá o que foi e já ele manda outra pérola cá para fora?... tá de ver que nunca provou uma carne de porco picante e doce, uma vaca com molho de ostra, um carilzinho à maneira!
Fico à espera do dia em que os sul-africanos, venezuelanos e quejandos decidirem enfiar a bota do rabinho dos nossos milhares de madeirenses que por lá vivem e trabalham.
Mas nós merecemos isto, ah se merecemos!

São 20.10 e vou jantar.

02 julho 2005

Sin City

Havia meses que ouvia / lia esporádicamente sobre o filme. Quando estreou não sei que estrelas lhe deram os críticos, ouvi algo sobre não ser fiel à BD de Frank Miller. Não faço ideia, nunca li.
O filme é fantabuloso, negro, cinza e com uns splashes de vermelho aqui e além, à medida que os corpos caem, mais ou menos desmembrados.
Os homens são autenticos gajos, de barba rija uns, angel-like outros mas todos uns autênticos cães!... uns são-no, outros acabam por descobrir que afinal não o são assim tanto e acabam a fazer de santos protectores ou vingadores.
As mulheres são lindas, esculturais, amazonas implacáveis que aprenderam que ou protegem their asses ou ninguém o vai fazer por elas. São dames, broads, são gajas!
Uns e outros vão caindo, mais ou menos involuntáriamente, em situações com saídas recheadas de muito suor, sangue e balas.... ou serras.
Relevo especial para Mickey Rourke que está irreconhecível e talvez por não se ver aquela cara de canastrão se redima da merda que tem feito com um papel que rouba todo o filme. Magnífico.
Outros acharão diferente, be my guest.


São 02.00... yeesh!